O mato-grossense Rogério Venâncio conquistou o título de Campeão Brasileiro de Montaria em Touros pela PBR na arena de Barretos

Em uma noite que nem os melhores roteiros de cinema poderiam prever, o mato-grossense Rogério Venâncio conquistou o título de Campeão Brasileiro de Montaria em Touros pela Professional Bull Riders. A Final Nacional PBR EcoPower é a etapa decisiva da principal Liga deste esporte no mundo foi realizada de 15 a 18 de agosto na arena da Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos.

O jovem talento de apenas 23 anos, que chegou a etapa decisiva do Campeonato na terceira posição do ranking, teve um desempenho espetacular na arena mais famosa do Brasil e juntamente com o título e a fivela exclusiva da PBR, recebeu como premiação uma picape Mitsubishi L200 Triton Sport e mais um bônus de 100 mil reais.

 

“É o melhor momento da minha vida. Não da pra descrever o que estou sentindo em ganhar este título aqui nesta arena de Barretos, vinha sonhando com este momento tem um tempo e batalhei muito para chegar aqui. Só tenho a agradecer a minha família por todo o apoio que sempre me deram e a PBR por me dar esta oportunidade,” declarou o campeão.

 

De origem pobre, o atleta de Paranaita no estado do Mato Grosso disse que sua família chegou a passar muitas dificuldades, mas que sempre o apoiaram no sonho de se tornar um competidor consagrado nas arenas. Com os prêmios conquistados nas etapas, o bônus pelo título e o valor da picape zero Km, o novo Campeão Brasileiro fechou a temporada com mais de 530 mil reais em prêmios. Como esta foi a primeira temporada de Venâncio no campeonato da PBR, ele conquistou também o almejado título de Estreante do Ano.

Na etapa final de Barretos o competidor terminou na segunda colocação na somatória geral de notas e mesmo não tendo pontuado no último touro que montou no domingo, os pontos conquistados nas quatro montarias anteriores lhe garantiram pontos suficientes no ranking para ultrapassar seus dois principais concorrentes, o experiente Anderson de Oliveira, que terminou em segundo lugar no campeonato e o jovem talento Carlos André de Oliveira, que foi o terceiro da temporada.

 

“O Rogério é um fenômeno da montaria e percebi isso desde as primeiras montarias que vi ele fazendo, não tenho dúvidas que é um futuro campeão mundial e que chegando aos Estados Unidos vai ser mais uma estrela brasileira que brilha por lá,” disse o tricampeão mundial Adriano Moraes, presidente da PBR no Brasil e que foi mentor do novo campeão em um de seus cursos de montaria alguns anos atrás.

 

Com o desempenho na temporada da PBR, Rogério Venâncio garantiu vaga para a Final do Challenger Series, um dos principais campeonatos da PBR nos Estados Unidos e que acontece em Las Vegas no mês de outubro. Mesmo entrando na segunda metade do Campeonato Brasileiro e competindo apenas em oito etapas, o mato-grossense teve um desempenho acima da média, com 81% de aproveitamento, sendo levado ao chão por apenas seis dos touros que montou em toda a temporada.

A disputa do título do Campeonato Brasileiro da PBR foi intensa na arena de Barretos e decidida nos detalhes, somente na última montaria. Por não ter pontuado no Round Final, Anderson de Oliveira terminou em segundo lugar no campeonato por apenas 16,50 pontos, margem mínima que representa menos de 4% da pontuação disponível no evento final.

Outro nome que se consagrou na noite de domingo foi Vitor Manoel Dias (Sales-SP), que conquistou o título de campeão da Final Nacional PBR EcoPower, que considera somente as notas obtidas nas quatro noites em Barretos. Único a obter 100% de aproveitamento, alcançando os oito segundos nos cinco touros que montou, o paulista faturou mais de R$ 34 mil como prêmio e terminou na quinta colocação do Campeonato Brasileiro.

Na disputa de Touro do Ano, a vitória ficou com o animal Mandraque de propriedade de Wilsinho Salarolli, que faturou um bônus de R$ 50 mil pela vitória. O touro que levou ao chão os dois competidores que o desafiaram na arena de Barretos, terminou com a média de 45,37 pontos dos 50,00 pontos possíveis na avaliação dos juízes, que considera cinco quesitos técnicos a cada apresentação.